- Charles H. Spurgeon disse: “Ai de nós! Nosso coração é nosso maior inimigo.”
A história de Eva e a serpente é uma das mais intrigantes da Bíblia.
No livro de Gênesis, a serpente, descrita como o animal mais astuto do campo, convence Eva a comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, algo que Deus havia proibido.
Mas como Eva, que não tinha conhecimento do mal, poderia perceber a má intenção da serpente?
A inocência de Eva
"Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o Senhor Deus tinha feito.
E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, mas, do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais.
Então, a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.
E, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.
Então, foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais."
Gênesis 3:1-7:
Antes de comer o fruto, Eva era inocente e não tinha conhecimento do bem e do mal. Ela vivia em um estado de pureza, sem a capacidade de discernir entre o certo e o errado.
Portanto, quando a serpente se aproximou dela com suas palavras persuasivas, Eva não tinha a capacidade de perceber a má intenção por trás delas.
"E disse o Senhor Deus à mulher: Por que fizeste isso? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi. Gênesis 3:13
O desejo de ser como Deus
A serpente convenceu Eva a comer o fruto dizendo que isso a tornaria como Deus, conhecendo o bem e o mal.
Este é um ponto crucial na história, pois sugere que Eva foi movida pelo mesmo desejo que levou à queda de Lúcifer: o desejo de ser igual a Deus.
Lúcifer, antes de sua queda, era um anjo de luz que se rebelou contra Deus com o desejo de ser igual a Ele.
Da mesma forma, Eva, ao comer o fruto, estava essencialmente se inclinando ao mesmo desejo. Ela queria o conhecimento que só Deus possuía, e foi essa aspiração que a levou a desobedecer a Deus.
A percepção do mal
Mas, mesmo que Eva tenha sido movida pelo desejo de ser como Deus, como ela poderia perceber o mal na serpente sem o conhecimento do mal?
A resposta a essa pergunta pode residir na natureza da tentação.
A tentação muitas vezes vem disfarçada de algo bom. No caso de Eva, a serpente não apresentou sua sugestão como algo mal, mas como algo que beneficiaria Eva.
Ela disse a Eva que, ao comer o fruto, seus olhos seriam abertos e ela seria como Deus. Portanto, Eva pode não ter percebido a má intenção da serpente, mas foi atraída pela promessa de ganho pessoal.
A história de Eva e a serpente levanta questões complexas sobre o conhecimento do bem e do mal, a natureza da tentação e o desejo humano de ser como Deus.
Embora Eva não tivesse conhecimento do mal, ela foi persuadida pela serpente a desobedecer a Deus, movida pelo desejo de obter o conhecimento que só Deus possuía.
Esta história serve como um lembrete poderoso das consequências da desobediência e da importância de confiar em Deus acima de tudo.
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